Tipos de Cloro para Piscina

Há 5 principais tipos de cloro para piscina. Todos eles, ao serem adicionados na água, irão virar ácido hipocloroso (HClO) ou íon hipoclorito (ClO-) os responsáveis por tratar a água da piscina. Veja abaixo as vantagens e desvantagens de cada tipo de cloro para piscinas.

Tipos de cloro para piscinas

Informação técnica: em pH mais alto você tem predominância do íon hipoclorito, em pH mais baixo quem predomina é o ácido hipocloroso, que é um oxidante bem mais forte. Mas isso é tema para um outro artigo, o tema de hoje é saber qual é o melhor tipo de cloro ou o mais indicado para sua piscina!

Cloro Granulado (Tradicional)

Foto genérica de um cloro tradicional granulado

O hipoclorito de cálcio, também conhecido como cloro tradicional, é o que tem geralmente o princípio ativo mais concentrado em sua composição. É o cloro mais indicado para piscinas fechadas e cobertas, pois como não há incidência de luz solar, ele não se degrada com facilidade. Já em piscinas expostas ao sol ele tende a manter um residual na água por menos tempo, comparado ao outro tipo de cloro que vamos falar a seguir.

Cloro Orgânico

Foto genérica de cloro orgânico

O cloro orgânico tem o dicloroisocianurato como princípio ativo. Esse composto tem um “protetor solar” chamado ácido cianúrico que faz com que o ácido hipocloroso seja mais estável (ou seja, dure mais tempo) em piscinas abertas. O sol decompõe o cloro com os raios ultravioleta, e o ácido cianúrico não deixa o cloro se decompor tão facilmente. Com isso, ele é o tipo de cloro mais indicado para piscinas abertas.

Vale ressaltar que é importante medir a quantidade de ácido cianúrico frequentemente ao utilizar esse cloro, pois não queremos que o ácido cianúrico fique maior que 80 ppm.

Também é importante dizer que o cloro orgânico não é mais “saudável” que outros tipos de cloro, mesmo tendo a palavra “orgânico” no nome. O princípio ativo é o mesmo e a forma como ele atua é a mesma dos outros cloros.

Cloro em Pastilha

Foto genérica de cloro em pastilhas

A pastilha tem o tricloroisocianurato como princípio ativo. É interessante para aqueles que não gostam de ficar colocando cloro manualmente com frequência em suas piscinas, pois a pastilha se dilui e dosa o cloro aos poucos na água. O ácido cianúrico, que é o “protetor solar” do cloro, está presente também nesse tipo de cloro. Assim, a pastilha também é ideal para piscinas que ficam expostas ao sol.

A pastilha pode ser dosada via dosador de cloro ou flutuador. Quando se utiliza o flutuador, tome cuidado pois ele pode ficar parado nos cantos e causar manchas na piscina.

As pastilhas também podem ser adicionadas a dosadores automáticos em linha, que são instalados no sistema hidráulico da piscina, na tubulação após o filtro, dessa maneira minimiza-se o risco de manchas nos revestimentos, além de tornar muito mais prático e seguro a dosagem do cloro.

Gerador de cloro por sal

Foto genérica de gerador de cloro por sal

Diferente do que algumas pessoas acreditam, quando se fala em uma “piscina tratada com sal”, não é o sal que está fazendo o tratamento e sim o cloro gerado por este equipamento.

O gerador de cloro por sal é bem parecido com o dosador de cloro por pastilha: ele automatiza a dosagem do cloro na piscina.

A principal diferença é que o cloro é gerado por meio de um processo chamado eletrólise, no qual o sal é adicionado à água da piscina (normalmente na concentração de 3000 a 4000 ppm) e convertido em cloro através de uma corrente elétrica. A água salgada passa por uma célula eletrolítica que divide as moléculas de sal (cloreto de sódio) em cloro e sódio. 

Além disso, o gerador de cloro por sal não tem ácido cianúrico, o “protetor solar” do cloro, ou seja, precisa funcionar diariamente durante o tempo de filtração para manter o residual correto de cloro.

Cloro Líquido ou Água Sanitária

Foto genérica de cloro líquido

Conhecido também como hipoclorito de sódio, cândida ou água sanitária, o cloro líquido pode ser utilizado no tratamento de água. Ele pode ser formado pelo processo de hidrólise do sal, nos geradores de cloro por sal. Além disso, também costuma elevar o pH, o que diminui a eficiência do cloro, pois o ácido hipocloroso em pH maior que 7,8 se torna íon hipoclorito, que tem menor eficiência em desinfecção e menor poder oxidante. Assim, é necessário reduzir frequentemente o pH para a faixa ideal.

Cloraminas ou Cloro Combinado

Existe mais um tipo de cloro que não desejamos ter em nossas piscinas, mas que é formado por conta da combinação do cloro com os contaminantes: o cloro combinado (também conhecido como cloraminas).

As cloraminas se formam justamente por conta do cloro que interagiu para eliminar os contaminantes da piscina como suor, urina, bactérias etc. As cloraminas são as responsáveis por trazer os desconfortos aos banhistas, como irritação nos olhos, ressecamento de peles e cabelo e também agravamento de alergias, como asma e bronquite. 

Quando se utiliza o tratamento com ozônio, como este age muito mais rápido que o cloro para eliminar os contaminantes, ele vai evitar a formação das cloraminas. Além disso, as cloraminas que eventualmente forem geradas pelo cloro serão eliminadas da água através da oxidação pelo ozônio. Para evitar os desconfortos que as cloraminas podem trazer para seus momentos de lazer, conheça mais sobre a tecnologia Panozon clicando aqui.

Conclusão

 Recomendado para piscinas externasInterferência no pHAumenta o Ácido Cianúrico
Cloro TradicionalNãoAumenta o pHNão
Cloro Orgânico ou EstabilizadoSimDiminui o pHSim
Cloro em PastilhaSimDiminui o pHSim
Cloro Líquido ou Água SanitáriaNãoAumenta o pHNão
Gerador de Cloro por SalSimAumenta o pHNão

Independente do cloro que você utilizar, o importante é sempre ter um residual de desinfetante na água para proteger os banhistas. Se você utiliza o cloro no tratamento de suas piscinas, o ideal é que sempre mantenha ao menos 0,5 ppm de cloro livre quando utilizado com ozônio, ou entre 2 e 4 ppm de cloro livre quando não tiver ozônio no tratamento da água.

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